Inspira, expira e não pira

A frase clichê de chamada para esse texto é tudo que queremos falar para você, mesmo.

 

A gente sabe que tem dias que tudo que queremos é ficar algumas horinhas a mais na cama,  fugir daquele compromisso, ou ficar só deitada colocando nossas séries em dia. Tem vezes que nossa correria é tão grande que queremos até desaparecer e, pra falar a verdade, tá tudo bem. Todo mundo tem esses momentos e é sobre eles que precisamos falar.

 

A coleção Intencione surge, na realidade, do desejo de aproveitarmos esse novo ânimo do retorno das férias para intencionarmos as coisas que nos fazem bem e tirarmos um tempinho da nossa rotina para nos conectarmos conosco através do movimento, seja ele qual for. O que queremos é que nos momentos de tensão, intencionemos aquilo que nos faz bem. Mas como assim?

 

Vou explicar meu ponto contando um pouco de uma rotina qualquer (pense na sua enquanto lê, tenho certeza que não será tão diferente assim). Imagine-se acordando, meditando, tomando um café da manhã com calma, seguido de um banho, colocando um look perfeito, que super te valoriza e foi facílimo de achar, e saindo para trabalhar. Chegando no trabalho, é mais um dia tranquilo, com todos os jobs em dia, os clientes muito queridos e você nem precisa de café, porque seu trabalho mesmo te dá energia suficiente para enfrentá-lo. Logo depois, no almoço, você marca de se encontrar com suas amigas, come uma salada deliciosa (porque estamos tentando parar de comer carne por consciência ecológica) acompanhada do seu suco preferido e depois uma sobremesa mara, porque você pode. Em seguida, você retorna para o trabalho, segue sem estresses nem preocupações, do trabalho vai para a yoga, da yoga para a corrida ou musculação, chega em casa toma outro banho, pede aquele japa delivery que você ama, assiste um episódio da sua série, lê um capítulo do seu livro de cabeceira e dorme suas 8h de sono de beleza tranquilamente, para recomeçar sua rotina perfeita com toda a energia possível.

 

É óbvio que você não se identificou, mas posso te contar um segredo? Tá tudo bem pisar na bola, tá tudo bem atrasar alguma coisinha, tá tudo bem não ser a mulher perfeita o tempo todo. A gente sabe que a vida não é o conto de fadas que a gente sempre foi inspirada a sonhar durante toda nossa infância, a gente sabe que você dá seu melhor para cumprir todas as tarefas que precisa com perfeição, a gente sabe que você tenta ser a melhor versão de você mesma, mas a gente também sabe que às vezes você se sente esgotada e tá tudo bem, todo mundo se sente assim uma vez ou outra. E é por isso que é tão importante valorizarmos os momentos que temos conosco mesmas.

 

Quando nossa rotina aperta, a primeira coisa que retiramos são os momentos que confundimos com prazer, porque achamos que esses são os momentos menos produtivos no nosso dia, mas na verdade é exatamente o oposto. É no tédio que produzimos, é no não fazer nada que criamos e quem diz isso não sou eu, uma universitária qualquer, é um filósofo sul-coreano chamado Byung-chul Han em seu texto “A sociedade do cansaço” (que vale muito a pena adicionar nos textos para ler em momentos que parece que a vida de todo mundo tá perfeita, menos a nossa, fica dica).

Han afirma que vivemos em uma sociedade marcada pelo excesso de positividade, isso porque só mostramos para o outro os momentos tranquilos do nosso dia, mas também nos diz que, para nos mantermos sãs, precisamos compartilhar aquilo que tem se tornado um peso para nós, porque o sofrimento quando compartilhado é muito mais leve. Por isso busque as coisas que te fazem bem, se movimente, não pare nunca e quando cair, sempre terá alguém para te ajudar a levantar, eu mesma me coloco á disposição para isso.

 

Pra nós da Petipá a vida é uma como uma coreografia, cheia de altos e baixos, mas o importante mesmo é sempre terminarmos com uma pose lacradora e, vai por mim, você consegue, mana! Lembre-se, em meio a momentos de tensão, do caos da sua rotina, intencione (e faça) aquilo te faz bem 😉

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